FESTA: JUNHO É MÊS DE FOGUEIRA COM OU SEM PANDEMIA

Um ano se passou e a população ainda não voltou ao normal em suas atividades sociais, econômicas e culturais. Como não poderia deixar de ser, as festas juninas presenciais mais uma vez estão fora do calendário e até mesmo as mais tradicionais que ocorrem na roça estão fora de cogitação. As tradicionais fogueiras vão ter que esperar mais um ano para acontecer.

Mas isso não significa que a alegria foi embora junto com os balões e outras atrações juninas que foram sopradas pelos ventos da pandemia. Como na maioria das atividades, muitos estão programando eventos on-line para marcar a data. A educadora física Gyselle Rocha, 36, por exemplo, trabalha pelo segundo ano consecutivo para a realização da festa junina com seus alunos pelo formato virtual com o ‘Projeto São João em casa’

“Estamos a todo vapor, a mais de um mês trabalhando em um projeto diferente do ano passado. Como já tivemos a experiência, resolvemos inovar. Teremos apresentação de vídeos dos nossos alunos em casa caracterizados, brincadeiras juninas, correio elegante, contação de causos, mestre dos sabores com receitas juninas preparadas pelos professores e muito mais”, explica.

Sobre as plataformas digitais a professora reitera que decidiram expandir o alcance do público. “Ano passado utilizamos a plataforma meet esse ano nossa live será transmitida pelo nosso canal do YouTube. Visando uma qualidade melhor de transmissão. Toda a equipe diretiva, TI, e professores estão envolvidos nesse grandioso projeto. Que será conduzido pela equipe de educação física”, completa.



Professora Gyselle nos preparativos para as festas juninas online. Foto: acervo pessoal

 

Comidas típicas

Outro setor que tem sofrido muito com a pandemia é o de alimentação. Brigadeiros, pés de moleque e outras guloseimas do período não estarão mais disponíveis para a criançada uma vez que os eventos não irão ocorrer no formato presencial.

Mas não para a família Galdino. Eles estão preparando diversos alimentos para serem entregues por meio de pedidos on-line e no formato delivery. A comerciante Sueli, que mora no bairro Morrinhos, diz que disponibilizou encomendas que podem ser entregues principalmente nos fins de semana. “Aqui teremos todas as iguarias disponíveis: mingau de milho verde, pé-de-moleque, brigadeiros, paçocas e tudo que as pessoas precisarem. Não vai ser por falta de coisa gostosa que vamos deixar de comemorar as festas juninas. É só ligar e encomendar”, afirma Sueli que proporciona a entrega delivery pelo segundo ano consecutivo.

Decoração

Para quem vende artigos de festas juninas, o mês também não ficou perdido. O gerente de vendas Ronaldo Lima, da Bomboniere Doce Doce explica que houve aumento nas vendas, apesar da pandemia. “Tivemos um aumento de 20% em nossas vendas e o mais interessante é que em função das festas serem em casa, então a demanda aumentou visto que o coletivo foi trocado pela realização de produtos em casa”, explica.

Ele também diz que produtos tradicionais das festas juninas foram os mais procurados este ano. “Traques, bombinhas de salão e bandeirolas foram os campões de venda nesta pandemia aqui na bomboniere”, comenta.

Uma coisa é certa: junho sem festa só para quem não quiser. A alegria das fogueiras agora será mesmo em casa. Anarriê!

 

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